segunda-feira, 31 de maio de 2010

Como fazer uma gaiola para pássaros

Este artigo pretende ser uma pequena ajuda, para aqueles que, gostando das artes da bricolage, se querem dedicar a construir eles próprios, as gaiolas destinadas às suas aves.

Inicialmente, a construção destas gaiolas em rede, pode até parecer complicada, mas na verdade, além de bastante simples, é algo que, com prática, se faz muito rapidamente e a um custo relativamente baixo, quando comparado com as gaiolas existentes no mercado.

Uma outra vantagem, é o facto de as podermos personalizar, de modo a que se adaptem as necessidades das aves, bem como, às nossas necessidades.

Sem que seja necessário inutilizar a gaiola, podemos abrir portas e voltar a fechá-las, bastando para isso cortar um pouco de rede à medida e, munido de alicate e grampos, tapar a abertura para a voltar a abrir noutro local.

Também no que à colocação dos ninhos diz respeito, nomeadamente na questão dos ninhos exteriores, podemos optar por os colocar na parte lateral da gaiola ou na sua frente, bastando também para o efeito, cortar um pedaço de rede, no local onde queiramos colocar esse ninho.

Uma outra vantagem, é o facto de não estarmos limitados às medidas impostas no mercado. A construção de gaiolas em rede, permite-nos definir as medidas em função das aves que pretendemos criar.

Os aspectos relacionados com a higiene, é talvez o ponto mais forte destas gaiolas.
O facto de serem construídas em rede galvanizada, permite-nos lavá-las com bastante facilidade, sem correr o risco de as deteriorar.
São também estas gaiolas, excelentes relativamente à acumulação de ácaros ou de outros parasitas, pois por não possuírem locais onde estes se possam esconder, dificilmente, somos infestados por estas pragas.

Se tudo isto não bastasse, temos ainda a grande vantagem do arejamento permitido por uma gaiola totalmente em rede. A circulação e renovação do ar, é sem dúvida uma mais valia, na manutenção da saúde das nossas aves.

Existem em meu entender, muitos pontos positivos relacionados com estas gaiolas, e poucos ou nenhuns pontos negativos, relativos à sua utilização, excepção feita, a aves que, dada a sua natureza, prefiram um ambiente mais recatado.

Por todos estes motivos, optei pela construção destas gaiolas e aconselho vivamente, a que outros, se assim o entenderem, o façam também.

Para uma pequena ajuda, fica uma breve explicação, de como construir uma gaiola em rede, o resto fica à vossa imaginação e criatividade.



A rede que vos vou apresentar, é a indicada para aves como:

Periquitos (normais ou Ingleses);
Agapornis;
Ring Necks;
Forpus;
Caturras;
Todos os restantes psitacideos de pequeno/médio porte.

Também servirão eventualmente para Canários e outras aves de porte idêntico.

Para aves mais pequenas, aconselho uma malha de rede mais “fina”


Para iniciar a construção destas Gaiolas, necessita essencialmente de:

Rede;
Grampos (para “coser” as uniões);
Alicate de grampos;
Alicate de corte de arame;
Alicate de pontas;
Podem também utilizar um pequeno barrote para dobrar a rede, como verão posteriormente nas imagens.






Nas minhas gaiolas, utilizado rede da Bekaert, com 19 mm x 19 mm de malha.





A rede Bekaert, é sem dúvida das melhores que existem no mercado, no entanto, também é a mais cara. Encontra-se com facilidade, rede de excelente qualidade a preços bem mais acessíveis.



Para “coser” a rede, utilizo um alicate para aplicar estes grampos.

Estes por acaso são verdes, mas existem em galvanizado.







A construção da Gaiola aqui apresentada foi apenas para poder tirar umas fotos para melhor compreensão do processo, é por isso, uma gaiola pequena e foi cosida com cintas de aperto serrilhadas, pois na altura, não tinha grampos disponíveis


Defino as dimensões da gaiola que vou fazer.

Se pretendo uma gaiola com 70 cm x 40 cm x 40 cm, terei de cortar a rede com 70 cm de largura e com 160 cm de comprimento, pois no comprimento irei fazer 3 dobras.




Depois de ter cortado a rede com as dimensões pretendidas, com a ajuda de um pequeno barrote, procedo às dobras da rede, de modo a dar forma à gaiola.

Primeira dobra



Segunda dobra



Terceira dobra.







Depois de ter efectuado as 3 dobras, fica o corpo da gaiola com este aspecto.







Em seguida, coso as uniões com a ajuda do alicate e dos grampos.
Normalmente costumo colocar 1 grampo a cada 2 furos de rede.







Os grampos depois de apertados com o alicate, ficam com este aspecto:







Após ter unido as duas pontas da rede, corto dois pedaços de rede para proceder à colocação das laterais








O processo de colocação das laterais, é idêntico ao da união das pontas, pois é “cosido” com a ajuda dos grampos.








Após ter aplicado ambas as laterais, ficamos com o corpo da gaiola completo.








Agora, necessitamos de uma porta, para o efeito, definimos o tamanho de porta que se pretende, e efectua-se o corte da rede no corpo da gaiola.







Depois de cortada esta abertura, ficaremos com algo deste género:







Para montar a porta, procede-se da seguinte forma:

Corta-se um pouco de rede, deixando 1quadrado de rede a mais em toda a volta da porta, relativamente à abertura, por exemplo:
Se fizeram uma abertura com 7 quadrados de altura e 6 de largura, procedem ao corte da porta com 9 quadrados de altura e 8 de largura, de modo a conseguir uma sobreposição da porta na própria gaiola.

Além disto, tenho por hábito, quando procedo ao corte das portas, deixar ficar 2 arames da própria rede, que posteriormente dobro e me servem de fecho.







Aqui podem ver os 2 arames que deixai ficar, depois de dobrados.







A colocação da porta é bastante simples. Basta encostá-la à abertura e com a ajuda de 2 ou 3 grampos, fixá-la na lateral.

Os grampos de fixação das portas, não devem ser apertados na totalidade de modo a servirem de dobradiça.







Após a colocação da porta, temos a nossa gaiola acabada.







Daqui para a frente, conta a vossa imaginação.

Colocar os poleiros como e onde entenderem;
Fazer ou não, um suporte interior para os comedouros;

Enfim, um sem número de aplicações, podem ser efectuadas nestas gaiolas.


Existem ainda outros pormenores relacionados com ninhos, colocação de bebedouros, fechos de segurança para as portas, etc...

Para colocar os bebedouros, como utilizo bebedouros exteriores, procedo da seguinte forma:



Corto um troço de rede de forma a ficar com um rectângulo ao alto










Depois de efectuar o corte, ficamos então com um rectângulo ao alto







O passo seguinte, é efectuar, com a ajuda do alicate de pontas, um aperto lateral de modo a ajustar a abertura ao bebedouro







Após o aperto em cima e em baixo, ficamos com algo com este aspecto.







Finalmente, é só encaixar o bebedouro.





Fechos de segurança para as portas.


Estes fechos são muito importantes, especialmente se estas gaiolas se destinarem a psitacideos, que são exímios na abertura de portas.




As molas têm este aspecto







São colocadas desta forma e deste modo garantem a segurança das portas.






Apoios interiores para comedouros


Em algumas gaiolas, fiz apoio interiores para colocar comedouros e até bebedouros.

Esta situação ficará ao critério de cada um, podendo ser criadas diversas formas de suportes para os comedouros.


Eis alguns exemplos

Apoio lateral












Vista geral de uma gaiola com apoio para comedouros







Estas fotos são de uma gaiola para Ring Necks.

As suas dimensões são: 1,20 mt x 1,00 mt x 0,50 mt.

Foi construída com apoio interior para comeduros e bebedouros.

Os aros em aço inox que se vêem fixos no apoio, são destinados aos bebedouros, também eles em aço inox. Os comedouros eram umas tigelas em barro, colocadas ao lado.













Colocação de ninhos nas gaiolas



Ora então vamos à questão dos ninhos.


Existem diversas soluções para adaptar os ninhos a estas gaiolas, tudo dependerá do tipo e formato do ninho, do seu tamanho e sobretudo, da forma como a nós nos dará mais jeito para limpar e fazer inspecções periódicas.

Pessoalmente, independentemente da forma e/ou tamanho dos ninhos, prefiro sempre colocá-los no exterior, do que no interior.

Ao colocar os ninhos no exterior, poupo espaço no interior da gaiola, que muita falta faz às aves. Tenho a vantagem de ser mais fácil inspeccionar e efectuar uma eventual limpeza do ninho.

Para colocar o ninho no exterior, bastará fazer uma pequena abertura na rede, e pendurar o ninho por intermédio de 2 grampos.
Essa pequena abertura que se efectua na rede, sempre que se pretenda retirar o ninho para um período de descanso das aves, é facilmente tapada, com um pequeno pedaço de rede, previamente cortado à medida.

Eu utilizo ninhos em Madeira que mandei fazer ou então, ninho em PVC expandido que eu próprio fiz, quer num caso, quer no outro, a forma como os coloco nas gaiolas é igual.




Este é um ninho em Madeira que mandei fazer.







Estes são ninhos em PVC expandido, que eu fiz e como se pode ver na imagem, têm 2 grampos para pendurar nas gaiolas.









Corto uma pequena abertura na gaiola onde ficará situado o buraco do ninho







Depois é só pendurá-lo conforme se vê nestas fotos











Quando retiro os ninhos, no período de descanso, tenho sempre uns pedaços de rede cortados à medida, que me servem para tapar as aberturas que fiz para colocar os ninhos.

Para isso, basta este pedaço de rede e 4 grampos daqueles de “coser” as gaiolas e já está, a gaiola fica como nova.



Periquito Australiano

A História

Em 1805 foi descrito por Shaw e Nodder com o nome Psittacus undulatus, sendo o primeiro nome se referindo a um psitacídeo, e o segundo as marcas onduladas de suas asas.

Em 1840, quando o famoso naturalista inglês John Gould teve contato com esses pássaros, ele observou seus sons, e acrescentou a palavra melo (som), antes da palavra Psittacus, ficando definitivamente melopsittacus undulatos.

A palavra budgerigar (como os periquitos são conhecidos na língua inglesa), vêm da palavra aborígene "bedgerigah" que significa "bom para comer", pois fazia parte da dieta das tribos aborígenes.

Em 1840 quando John Gould retornou a Europa, levou consigo os primeiros periquitos, que aos poucos foram ficando conhecidos e também começou-se a sua criação em cativeiro. Em 1850, começou a criação de periquitos em larga escala em Antuérpia (centro do comércio de aves de gaiola), e a partir daí, virou febre em toda a Europa.

Da cor original (verde claro), surgiram mutações, que deram origem a centenas de cores encontradas hoje nos periquitos. Em 1870 surgiu a primeira mutação na Bélgica, causando grande espanto, um periquito amarelo de olhos vermelhos, (provavelmente um lutino).

Nesse mesmo tempo surgiram os amarelos de olhos pretos, mas a sensação surgiu em 1878, os celestes. Os brancos surgiram em 1917. Depois dos celestes vieram os verde escuro, que combinados com os azuis produziram os cobaltos, e a partir daí as mutações se multiplicaram, e até hoje continuam aumentando.

Alimentação

As principais são:

1) Alpiste
2) Painço (quatro tipos: amarelo, verde, preto, vermelho).
3) Aveia
4) Níger

As sementes são o principal alimento dos periquitos, e exatamente por isso faça questão de sementes de excelente qualidade e boa procedência.

Verduras

Excelente alimento, fornece vitaminas e minerais. Devemos priorizar as que têm folhas mais escuras como espinafre, chicória e almeirão, e evitar as de folhas claras como alface, pois contém muita água e poucos nutrientes. Forneça para seus pássaros 2 a 3 vezes por semana.

Frutas

Como no caso das verduras, as frutas são ótimo alimento, fornecendo muitas vitaminas e minerais. Sem dúvida, a mais usada é a banana, excelente fonte de iodo, e auxílio para os filhotes ganharem peso rapidamente. Outras frutas como maça ou laranja também podem ser dadas. Atenção, não dê aos pássaros em nenhuma hipótese o abacate, pois ele contém substâncias nocivas aos pássaros, e se ingerido é fatal.

Farinhadas

Assim como as sementes, forneça a farinhada o tempo todo a todos seus pássaros, independente se estão criando ou não.

Milho

O milho verde é sem dúvida o alimento preferido dos periquitos. O milho é excelente hidratante e dá ganho de peso aos filhotes. Deve ser servido sem casca e bem lavado, e não deve ser servido cozido ou salgado. Também deve-se tomar cuidado para não servir milho com agrotóxicos. A espiga ideal, é aquela que não é amarelo/escura e dura, e nem branca/mole, a ideal, é aquela que está quase explodindo e brilhante. Sirva a seus pássaros de 2 a 3 vezes por semana.

Água

Deve estar sempre a disposição. Pode ser oferecida água tratada comum, pois o nível de cloro presente na água de consumo humano não representa problemas para os periquitos, no entanto, a qualidade da água da rede, varia de local para local. Outra opção é servir água filtrada ou fervida. A água pode ser servida tanto nos bebedouros tradicionais, como também em pequenas tigelas de porcelana. A vantagem dos bebedouros, é que os pássaros não defecam dentro, e a desvantagem, é que os filhotes recém saídos do ninho, não alcançam esse bebedouro. Nunca forneça água gelada aos pássaros.

Grit

Grit ou areia, é um item muitas vezes esquecido na dieta dos periquitos. Facilmente encontrado nas casas de aves, e geralmente com preço acessível, o grit compreende além de grãos de areia selecionados, farinha de ostra, carvão vegetal, etc. Como essas aves não têm dentes, eles precisam ingerir grãos de areia, os quais ficam depositados na moela, e quando o pássaro ingere novas sementes, o pássaro movimenta a moela, usando esses grãos para moer as sementes. Deve-se deixar sempre à disposição.


Como saber o sexo:

sábado, 29 de maio de 2010

Adestramento de Passáros

Princípios Básicos para adestrar seu pássaro Arisco

Sabemos que para termos bons resultados no adestramento de pássaros ariscos e torná-lo ótimos pet´s , devemos seguir algumas regras básicas e principalmente fazer com que eles sintam prazer nos exercícios realizados. Temos que de alguma maneira geral, visualizar o que se passa dentro de seu pássaro de estimação, pois neste momento muitas vezes ela estará em uma situação nova ou em um ambiente novo sentindo medo e sozinho. Antes de começar, procure de alguma maneira acalmá-lo e deixar que ela sinta-se bem a vontade.

O processo para acalmar seu pássaro de estimação, muitas das vezes pode demorar dias ou até
semanas e uma das maneiras que trazem maiores resultados, é procurar se movimentar e falar de maneira suave transparecendo a calma e confiança.Neste tempo você poderá se familiarizar com seu pássaro de estimação, procurando estabelecer os sinais que seu pássaro transmite em determinadas reações tanto na fala quanto de uma maneira corporal de ambos.
Normalmente quando seu pássaro já começa a demonstrar confiança sob sua presença e próximo de sua gaiola ou até mesmo soltos (não atacando, ou demonstrar agitação), podemos então partir para o passo de adestramento. Neste processo inicial de adestramento, muitas vezes percebemos que o criador passa por grandes frustrações achando que irá de primeiro momento fazer o pássaro obedecer ao seu comando, e nesta hora devemos nos controlar e mostrar ao pássaro que você está muito contente, mesmo não tendo um bom resultando inicial.Cada sessão de treinamento dura em torno de 10 a 15 minutos, sabendo que em estudos realizados, é o tempo máximo de concentração de um pássaro.Neste período deve sempre prevalecer a paciência e muita sutileza ao se comunicar com o pássaro, pois somente assim conseguirá se corresponder no treinamento.Nunca tente forçar uma situação ou ordenar ao pássaro de maneira rude ao realizar uma ordem não feita no tempo estimado.Quando o pássaro não acatar a sua ordem, jamais tente ameaçar em bater ou gritar, pois eles entendem isso como "força", e força para eles, são considerados uma grande ameaça para sua vida.

Uma dica muito importante !

Antes de abrir a gaiola para seu pássaro ficar solto, certifique-se que ele esteja com suas penas de vôos contidas e que não tenha nada ao seu redor que venha causar danos e risco a sua vida.
Para treinar qualquer tipo de pássaro, procure usar luvas de couros (ex. calopsitas,agapornis, ring neck, jandaia, roselas) e para psitacídeos de médio e grande porte (ex. papagaios, araras, cacatuas), sempre tenha em mãos uma vareta
para guiá-lo.Umas das maneiras mais simples para se fazer com que o pássaro venha até sua mão é procurar se movimentar de uma maneira bem amigável e de modo lento fazendo com que ele possa perceber todo o processo.Dessa mesma maneira conduza sua mão ou a vareta (caso seja de médio ou grande porte),até a junção do peito entre as pernas. Com a tomada deste processo, o
pássaro deverá subir automaticamente na vareta ou em sua mão e neste mesmo momento você deverá elogiá-lo e se possível agradá-lo caso ele permita
- mas não force ok ?Este processo deverá se repetir por muitas vezes e procure sempre fazer isso ao lado de sua gaiola não afastando muito para que ele não venha se sentir inseguro,pois sua gaiola neste momento será seu porto seguro.Com o tempo seu pássaro estará mais seguro e assim gradativamente vai afastando-se da gaiola e mantendo ele em sua mão a maior parte do tempo e nunca se esqueça dos elogios.Caso ele pule de sua mão e caia no chão, tenha calma, espere ele se ajeitar e então faça todo o processo novamente abaixado junto a ele e oferecendo a sua mão transmitindo calma, segurança e principalmente a confiança.

Complementos importantes:

* Sempre quando seu pássaro realizar algum comando solicitado, procure de uma maneira simples e generosa, elogiá-lo oferecendo sempre algo que ele goste muito de comer.

* Procure renovar os seus brinquedos trocando semanalmente (revezando), pois só assim ele estará mais interessados em seus brinquedos e com certeza muito mais
feliz.